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Por uma PlayStation Plus sem preconceitos

por Thiago Lima
Por uma PlayStation Plus sem preconceitos

Entra mês e sai mês e a expectativa continua a mesma: será que agora vem um jogo AAA na PS Plus para o PS4? Nos últimos meses, a reposta tem sido sempre a mesma: só Indies. Mas aí vem pergunta: Por ser Indie, o jogo é necessariamente ruim? Será que vale a pena o download? Chegamos ao ponto que cabe uma reflexão.

Vamos aos fatos. Por mais que não fiquemos totalmente insatisfeitos, ficamos sim esperando aquele jogo famoso, por isso quando o anúncio vem com jogos Indies, uma multidão começa a reagir contra as indicações da Sony e abre uma discussão sem efeitos de melhoria no mês seguinte.

PlayStation Plus

Ao avaliarmos friamente, os jogos lançados na PS Plus, ultimamente, mesmo não sendo um daqueles blockbusters, tem alcançado relativo sucesso entre o gamers de plantão. Podemos citar Rocket League, Rogue Legacy, Grim Fandango e Broforce como bons indicativos. Jogos que oferecem boas horas de diversão e que, pelo menos a maioria, não os jogaria se precisasse fazer um investimento para comprá-los.

Ainda é importante salientar a força que a Sony dá para os desenvolvedores desse tipo de jogo. É preciso admitir que sem esse espaço estariam mais restritos às plataformas mobiles e de menor rentabilidade. Em troca, a Sony passa a ter jogos que, mesmo depois da distribuição pela PS Plus, mantém os usuários usando o seu serviço para continuar jogando o game.

PlayStation Plus Julho 2015

Talvez ainda seja cedo para que a empresa libere jogos famosos de PS4 para os assinantes do serviço. A própria geração anterior precisou de tempo para que os jogos AAA aparecessem na lista da Plus. Os jogos das grandes publishers possuem um custo elevado de produção e precisam de tempo para retorno. Para cobrir esse custo, o serviço ficaria inviável ou mais caro ao usuário. Precisamos admitir que algo em torno de R$ 9 por mês não cobriria investimentos mensais em grandes jogos.

Assim, há pontos positivos para todos, mas o que estraga mesmo é o exagero. Oferecer sempre mais do mesmo torna a possível política de valorização do jogo independente algo chato. Havendo um equilíbrio, inclusive usando jogos AAA mais antigos, como Killzone ou Wolfestein, por exemplo, poderia deixar a oferta mais robusta e ser um alívio para o usuário que usa e precisa do serviço.

De fato podemos quebrar um pouco do preconceito contra os Indies. Muitos, depois de testados, mostram seu potencial. Escolher uma posição nessa história parecia fácil, mas precisamos lembrar que há sempre um outro lado da moeda.

Qual a sua opinião?