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[Análise] Firewall Zero Hour: vale a pena?

Shooter para o PSVR cumpre expectativas, mas poderia ser melhor; confira a análise!

por Thiago Barros
[Análise] Firewall Zero Hour: vale a pena?

Firewall Zero Hour deixou uma excelente impressão, ainda no final de 2017, quando o testamos na PlayStation Experience. E, felizmente, podemos dizer que o jogo completo corresponde bem às expectativas que tínhamos. É uma experiência bem interessante de FPS no PSVR. Porém, poderia ser ainda melhor. No vídeo abaixo, você entenderá os motivos.

O gameplay é dinâmico, os cenários têm diversas rotas e a variedade de agentes pode adicionar um quê de imprevisibilidade às partidas. Só que a diversidade não é estendida aos modos de jogo. Ele possui apenas um tutorial, um treino sozinho ou co-op contra a IA e os “contratos”, principal atividade do jogo, PvP com dois times de quatro jogadores.

Já que ele tem uma pegada muito semelhante a Rainbow Six: Siege, poderia contar com pequenas missões single-player, com objetivos e exploração, dando mais opções para o jogador. Mesmo assim, com sua bela jogabilidade e um multiplayer sólido, Firewall Zero Hour é um must-buy pra quem tem o VR.

Qualquer semelhança (não) é mera coincidência

A “inspiração” em Rainbow Six: Siege é claríssima desde o começo. Firewall Zero Hour é um FPS bem tático, em que não é preciso dar muitos tiros para liquidar alguém e onde jogadores não podem ficar revivendo toda hora. É aquele esquema de “cair”, poder ser “levantado” por um amigo, mas se tomar mais um tiro ou passar o tempo, morrer.

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Firewall Zero Hour tem laptop como foco no multiplayer (Foto: Divulgação)

E se isso já é tenso, emocionante e, claro, difícil, jogando um game “tradicional”, o que dizer de uma experiência assim em VR? A imersão é incrível! Especialmente, claro, ao utilizar o VR Aim – aquele controle em forma de arma que a Sony lançou junto com um outro belo FPS do PSVR, Farpoint.

Poder girar 360° no cenário, estar, de fato, olhando para os locais, movendo o corpo e se posicionando direitinho no ambiente é muito bacana. Além de mirar e atirar, que são ações muito bem configuradas no jogo. O tracking da PS Camera funciona muito bem, tornando a experiência realmente imersiva.

É uma experiência bem mais legal do que Bravo Team, por exemplo, que tem ações de movimento point and click e missões bem genéricas com uma IA abaixo da média. Não só pelo gameplay ser mais natural, como pelo fato de ter isso num modo multiplayer de equipe contra equipe ser uma baita diversão.

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Jogadores podem escolher dentre diversas armas (Foto: Divulgação)

Fora que há uma variedade bacana de personagens e cenários, fazendo com que cada partida possa ser muito diferente da outra; apesar de o objetivo ser sempre o mesmo. É só hackear um laptop, se for do time que ataca, ou defendê-lo, caso seja a outra equipe. Mas ter várias rotas em cada mapa e habilidades diferentes em cada agente ajuda.

Só que nem tudo é perfeito. Um jogo multiplayer precisa de que? Muitos jogadores para fazer as equipes e um sistema eficiente de matchmaking. Ao que tudo indica, Firewall é um game que não tem nem um, nem outro. Você vai esperar um bom tempo no lobby a procura de partidas – e, em alguns casos, ainda será kickado aleatoriamente.

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Game oferece vários personagens diferentes (Foto: Divulgação)

Além disso, depois de toda essa espera, as partidas são bem curtas – e não tem algum sistema de rounds de melhor de três ou melhor de cinco como no Rainbow Six. Isso já ajudaria a deixar o jogo com mais conteúdo. Sentimos falta ainda de “missões” single-player e coop, para deixá-lo mais completo em termos de modos de jogo.

Isso poderia fazer até com que o problema dos poucos jogadores no multiplayer fosse resolvido. Porque mais gente se interessaria pelo game. Afinal, até agora ele tem uma base de público bem restrita, com foco mais em quem tem o PSVR e quer um FPS de estilo tático – o que, convenhamos, não é muita gente.

Visualmente, ele também não está no nível dos principais jogos de PlayStation VR até agora. Farpoint, por exemplo, lançado no ano passado, ainda impressiona mais com o trabalho gráfico do que Firewall Zero Hour. O jogo não chega a ser feio, mas pode ser comparado a um FPS da geração passada nos consoles.4

Apesar dos pesares, no fim das contas Firewall Zero Hour é a melhor experiência de multiplayer do PlayStation VR até hoje, e um dos melhores shooters também. E vale lembrar que Farpoint mesmo não tinha todos os atrativos atuais quando foi lançado – então há esperança de novos modos e mais possibilidades no FPS tático da Sony.

O jogo custa R$ 149,90 na PlayStation Store nacional, o que é um preço razoável, e possui mais qualidades do que defeitos. Por isso, merece o selo de Recomendado do Meu PS4. Para quem gosta de jogos de tiro multiplayer e tem um PSVR, pode tratar esse game como uma compra certa quando couber no seu orçamento.

Veredito

Sistema:

Desenvolvedor:

Jogadores:

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Vantagens
Desvantagens
Thiago Barros
Thiago Barros
Editor-Chefe
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Jogando agora: Avatar: Frontiers of Pandora
Jornalista, teve PS1, pulou o 2, voltou no 3 e agora tem o 4, o 5 e até o PSVR. Acha God of War III o melhor jogo da história do PlayStation.