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[Análises] Conheça os Jogos da PlayStation Plus de Novembro

Tava demorando...

por Hugo Bastos
[Análises] Conheça os Jogos da PlayStation Plus de Novembro

De certa forma, já era esperado. Os jogos da PlayStation Plus de novembro estão um tanto aquém do que foram os últimos meses, e isso é um fato. No entanto, este não é motivo de desespero ou revolta. Independente do gosto os jogadores, o mês vem recheado com jogos de qualidade (questionável para alguns, de fato).

Sem mais delongas, então, vamos conhecer um pouco dos jogos da PlayStation Plus de Novembro, com destaque a mais um jogo gratuito para PlayStation VR. Os títulos estarão disponíveis a partir da próxima terça (07). Dessa forma, ainda dá tempo de baixar os jogos da plus de outubro.

Until Dawn: Rush of Blood (PSVR)

Mais um título de PSVR chegando gratuitamente, Rush of Blood é um spin-off de Until Dawn, e se passa em um parque de diversões macabro, onde o jogador pode atirar em objetos inanimados enquanto se “diverte” em uma montanha russa bastante assustadora. Bem na época para o Halloween.

O jogador escolhe entre uma das sete diferentes montanhas-russas, e lhe são dadas armas, com as quais ele poderá atingir os alvos. Armas diferentes e caminhos alternativos estarão disponíveis no decorrer da jornada, e algumas das localidades incorporam personagens característicos.

Se você deixar suas expectativas baixas o suficiente, poderá se divertir (e até mesmo se assustar um pouco) com o título. Do contrário, tenha em mente que o jogo é bastante curto, e que, sozinho, não passa do que pode ser resumido como uma experiência previsível, com inimigos burros e sustos nada originais.

  • Nota – Agregador Metacritic: 72 (Baseado em 51 análises);
  • Platina: Sim
  • Localizado: Sim
  • VEREDITO: Um rail shooter nada original, que traz uma boa temática, um tanto mal aproveitada.

Worms: Battlegrounds (PS4)

Todos conhecem Worms. Em algum momento ou outro, já devem ter jogado, ou ao menos ouvido falar do jogo das minhocas destruidoras de cenários. Battlegrounds é o primeiro título da série para PlayStation 4, sendo na data de seu lançamento um dos maiores em conteúdo da franquia, com um robusto modo história e vasto conteúdo de jogo.

O jogo acontece dentro de um museu de história natural. A narrativa da história mostra as minhocas protagonistas na busca pelo Burro de Concreto, para recupera-lo de Lord Crowley-Mesmer, que o tenta usar para conquistar o mundo. A parte single-player possui, de fato, uma narrativa forte.

Mas o foco mesmo é a jogabilidade. Que, diga-se de passagem, não mudou muito comparando-se às suas versões anteriores. Na verdade, este é um dos pontos mais negativos do jogo: apesar de gráficos estonteantes, tudo parece um mais do mesmo. Então, se já aproveitou algum título da franquia, estará (bem) familiarizado com este.

A jogabilidade é um tanto imprecisa e os cenários um tanto confusos. Ainda assim, guarda um pouco de diversão, especialmente no modo multijogador.

  • Nota – Agregador Metacritic: 62 (Baseado em 16 análises);
  • Platina: Sim
  • Localizado: Não
  • VEREDITO: Para aqueles que já experimentaram qualquer outro jogo da série, a dica é: mantenha as expectativas em um nível aceitável. O jogo não é ruim, mas está longe de ser algo inovador. Ainda assim, é uma ótima pedida multiplayer.

Bound (PS4)

Constantemente nos vemos forçados a rever a insistente resistência daqueles que ainda teimam em dizer que videogames não são expressões artísticas. Bound é um belíssimo jogo. Em todos os seus aspectos.

O jogo não se apresenta em uma narrativa simples, mas em uma expressão artística. Tal qual Journey. Neste caso, o jogador assume a forma de uma dançarina, fruto do subconsciente de uma mulher grávida, que deve deter o Monstro de destruir o mundo transcendental onde ela se encontra.

Diversas questões são abordadas durante o gameplay. Quem é a mulher grávida? O que o mundo, o Monstro e a bailarina simbolizam? Quais são os verdadeiros sentidos para esta jornada? E assim como outras expressões artísticas transformadas em jogos (The Unfinished Swan, por exemplo), tais perguntas nunca são respondidas diretamente.

Este, obviamente, não é um jogo para todos. Guiar a dançarina pelas planícies e paisagens, executando seu ballet com perfeição, pode não parecer “aventureiro demais” para alguns. Mas ainda assim, é um daqueles jogos a lhe deixar pensando após os créditos finais, sobre muitas questões. E tem uma platina über-difícil!

  • Nota – Agregador Metacritic: 71 (Baseado em 61 análises);
  • Platina: Sim
  • Localizado: Não (e nem precisa)
  • VEREDITO: Apesar de falhas pontuais, como cenários repetitivos, o título ainda se sobressai como uma experiência interessante. Não é para todos, frisa-se.

R-Type Dimensions (PS3)

R-Type figura entre a série de jogos mais icônicos e difíceis de todos os tempos. E não apenas pela sua jogabilidade: os jogadores precisam não apenas decorar os padrões de ataque dos inimigos, mas também a posição dos cenários, se quiserem obter algum sucesso. Não é surpresa que ainda seja tão admirado e amado por muitos.

Dimensions é a reunião de dois clássicos da saga. R-Type I e II. O jogador deverá enfrentar inimigos por cenários em 2D ou 3D, aproveitando-se da clássica jogabilidade da série, com o único objetivo de erradicar o império Bydo dos confins do universo, e restaurar a ordem no cosmos.

R-Type Dimensions fornece algo que muitos shoot’em ups não possuem: uma história intrincada e coesa, precisão e variedade na seleção de combatentes. E, claro, sua dificuldade insana e gloriosa. Este elemento deve, com certeza, afastar jogadores mais casuais. Mas não se enganem: toda vitória demanda sacrifícios!

  • Nota – Agregador Metacritic: 82 (Baseado em 4 análises);
  • Platina: Não
  • Localizado: Não
  • VEREDITO: Uma remasterização fantástica, que não traz muita coisa nova, mas apresenta à nova geração de jogadores clássicos da era de ouro dos video-games. Se você é fã de jogos de nave, não tenha medo de joga-lo.

Rag Doll Kung Fu: Fists of Plastic (PS3)

Este é aquele tipo de jogo que você, em um primeiro momento, diz “…huh?”. Rag Doll Kung Fu não possui uma definição plausível. Mas pode ser entendido como “um party game com bonecos de pano”. Aliás, o termo “rag doll” refere-se exatamente a isso. Os movimentos são similares a bonecos animados. Despretensioso, tenta ser divertido.

Tenta.

Rag Doll Kung Fu: Fists of Plastic é, como sua definição da loja virtual da Sony diz, “um jogo de luta acelerado, que foca na física divertida de bonecos e belos visuais”. O jogo possui mecânicas simples e movimentos acionados pelo sensor de movimentos do SixAxis/DualShock4.

Contudo, na prática, o jogo se parece com algo inacabado. Para um título desta premissa, a falta de um componente multiplayer online o torna quase dispensável. Adiconalmente, falta conteúdo, os controles são imprecisos (para dizer o mínimo), e a diversão que deveria proporcionar acaba sendo curta demais.

  • Nota – Agregador Metacritic: 68 (Baseado em 36 análises);
  • Platina: Não
  • Localizado: Não
  • VEREDITO: Rag Doll Kung Fu não é lá essas coisas. Apesar de proporcionar certa diversão, especialmente jogando-se em modo multiplayer, ainda assim não oferece aquilo que, teoricamente, se propõe. Vale por uma tarde com os amigos em casa.

Dungeon Punks (PS4/PSVita)

Dungeon Punks é tido como um RPG/Beat’em Up multiplayer pela sua desenvolvedora. A jogabilidade confirma tal assertiva. Pense em um Golden Axe com possibilidade de evolução de personagens, compra de equipamentos e exploração de masmorras e catacumbas à vontade. Mas com gráficos estranhos e dificuldade desbalanceada.

A premissa é muito básica. A narrativa gira em torno de um grupo de mercenários (protagonistas silenciosos), que trabalha para a realeza. No fim do dia, esta é apenas uma desculpa para explorar as localidades disponíveis. Inicialmente, seis heróis estão disponíveis, com mais sendo destravados à medida que o jogadora avança no jogo.

Sua jogabilidade é interessante. Há uma ênfase nas partidas multijogador, uma vez que jogar sozinho não é apenas enfadonho, mas difícil por conta da dificuldade desbalanceada. Há ainda o problema da evolução. Será necessário revisitar muitas áreas já exploradas para acumular experiência, e deixar o jogo menos complicado.

Mas nem tudo é ruim. Apesar de, graficamente, os personagens parecerem bonecos de papel, os diversos elementos presentes compensam pela experiência. Magias, inúmeros itens e armas que realmente parecem mais fortes que as anteriores tornam a jogatina menos maçante. Especialmente pela IA bastante simplista.

  • Nota – Agregador Metacritic: Sem avaliações suficientes (Nota de Jogadores: 5.6, baseada em 12 avaliações);
  • Platina: Sim
  • Localizado: Não
  • VEREDITO: Um jogo lento e estranho. Seu componente multiplayer, junto com a grande variedade de fases, torna o título menos monótono. Mas os problemas de evolução de personagem e curva de dificuldade certamente serão um diferencial. E os gráficos são muito estranhos.

Broken Sword 5: The Serpent’s Curse (Episódios 1 & 2) (PSVita)

Mais um jogo ao estilo “apontar e clicar” chega à PS Plus. Broken Sword 5 conta uma história de investigação, assassinato e roubo, e de uma conspiração tão antiga quanto a própria habilidade humana de traduzir em palavras seus pensamentos e sentimentos.

https://www.youtube.com/watch?v=8C9f0aV4h3c

O jogador encarna George Stobbart, e sua colega jornalista Nico Collard, que acompanham um caso de atentado a um curador de museu, e roubo de uma pintura aparentemente sem valor. Em sua busca, eles descobrem as raízes de diversas informações séculos antes, e até mesmo no período de domínio fascista na Espanha.

A narrativa do jogo é instigante. Inclusive, foi um dos pontos mais elogiados, juntamente com os gráficos e trilha sonora. No entanto, o desenvolvimento do jogo em episódios foi duramente criticado por impor um senso de suspense desnecessário e sem resolução.

  • Nota – Agregador Metacritic: 67 (Baseado em 6 análises);
  • Platina: Não (Dois jogos separados)
  • Localizado: Não
  • VEREDITO: Broken Sword 5 traz toda qualidade da saga novamente ao Vita, além de uma narrativa instigante e complexa. Para aqueles que gostam do estilo de jogo, vale a pena dar uma conferida.

A lista de jogos deste mês para os assinantes da Plus divide opiniões. Se, por um lado, temos um misto de jogos variados e divertidos, por outro estamos, como jogadores, ficando acostumados a ter alguns meses com jogos Triplo-A, fazendo a alegria de todos, e outros com foco apenas em jogos independentes, o que não agrada boa parcela.

Seja como for, espera-se que os próximos meses tenha conteúdo tão bom quanto estes que se passaram.

Hugo Bastos
Hugo Bastos
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Jogando agora: Nada no momento.
Hugo Bastos e revisor do Meu PS4, apreciador de uma boa comida, e de platinas difíceis. E viciado em Rogue Legacy, OlliOlli2, Dead Cells, e não dispensa uma boa noite de jogatina.