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Bloodborne: The Old Hunters: Vale a pena?

por Equipe MeuPlayStation
Bloodborne: The Old Hunters: Vale a pena?

Na função de suprir o poço infinito das necessidades dos amantes da “série Souls”, que adotaram Bloodborne como mais novo e ilustre membro da família, e como aperitivo até o lançamento de Dark Souls 3, The Old Hunters, primeiro e possivelmente único DLC, agrada por ser um merecido complemento ao funesto masocore vitoriano lançado em 2015 exclusivamente ao PlayStation 4.

Em The Old Hunters, a From Software acresce ao jogo principal novos cenários e localidades, bem como armas e equipamentos inéditos para enfrentar os também debutantes inimigos e chefes.

Para os amantes do lore de Bloodborne, a expansão também acresce novas camadas à narrativa emergente que é característica da série, servindo maravilhosamente bem àqueles que não se contentam com os elementos mecânicos do jogo.

Quase um enredo…

Caso você esteja disposto a mergulhar nos fóruns de discussões acerca da história do jogo, The Old Hunters apresenta pistas e informações relevantes acerca da origem de diversos elementos centrais da mitologia de Bloodborne, principalmente trazendo aos holofotes personagens já consagrados na trama, além de apresentar novos coadjuvantes. Presenciar as transformações que acometeram Ludwig e Laurence chocam o jogador, considerando o caráter quase etéreo dado a esses personagens na trama principal.

Ainda dentro da história, do pouco que conseguimos extrair (e não há vergonha nisso, esmiuçar o lore desse jogo é trabalho ingrato!), o jogador, ao cumprir os requisitos para acessar a expansão, cujo acesso é extremamente escondido e obtuso, é transportando para uma dimensão de pesadelo, local em que se aprisionam antigos caçadores, que se tornaram ébrios de sangue; um lugar onde o conflito entre caçadores e feras é eterno.

As razões para o aprisionamento certamente se conectam à figura de Kos (or some say Kosm), um Old One que despertou o interesse da Igreja da Cura e Byrgenwerth durante seu estudo sobre os seres antigos encontrados na ruínas dos antigos ptumerianos.

No entanto, caso as minúcias do universo do jogo não te interesse, The Old Hunters apresenta novos desafios mecânicos permitindo que se explore novamente, agora em novas localidades e contra inimigos ainda mais fortes, o primor que é a jogabilidade de Bloodborne.

As novas adições servem tanto ao DLC quanto ao jogo principal, aumentando consideravelmente o arsenal de armas, ferramentas e armaduras de seu caçador, um verdadeiro deleite aos complecionistas. O grande mérito, no entanto, novamente repousa nas trick weapons, as armas cuja forma se alteram com o apertar do L1 para adquirirem novas formas e funcionabilidades.

Aqui, o inventário do caçador será complementado com armas que veriam desde um novo escudo, o segundo em todo jogo, até uma maça que se transforma em um porrete gigante de sangue e espinhos ao ser sacrificada a vida do próprio jogador. Funesto e lindo, como tudo nesse jogo.

Os novos cenários estendem a já complexa amplitude do jogo, mas de maneira comedida, vez que não são muitas as adições nesse sentido. No entanto, contemplar uma vila de pescadores lovecraftiana, em uma paisagem inédita na série, faz contraponto hábil a compensar o tamanho e extensão da própria expansão.

Old Hunters

Dito isso, vale frisar que caso você não encontre dificuldade nos chefes e inimigos, a DLC poderá ser concluída em algumas horas, vez que a expansão conta com algo em torno de cinco chefes, sendo um deles inclusive opcional à conclusão.

A quantidade limitada de novas localidades também pode incomodar, ainda mais considerando o preço da DLC (vinte dólares no momento de seu lançamento), mas acredito que isso seja mais fruto do quanto nós fãs ansiamos sempre mais pela obra do Miyazaki; nunca é suficiente.

Ainda, nossa sincera recomendação de que vocês joguem a expansão, que já fica expressa agora, é fortalecida pelo o quão o Old Hunters é parte essencial de todo o jogo, sendo difícil, inclusive, a partir de seu lançamento, considerar o Bloodborne integro sem essa essencial parte.

Se ainda não te convencemos, vale mencionar que na opinião de seu humilde interlocutor, a melhor luta contra chefe do Bloodborne está no DLC: o confronto com a Maria se passa dentro da torre de um relógio, com a luz do sol tremeluzindo através dos ponteiros, criando um ambiente quente e amarelo cadenciado pela trilha originalmente composta para a luta, que vai evoluindo progressivamente enquanto Maria, que mantém sua forma humana durante toda luta, digladia contra seu caçador.

Trailer com Spoilers…cuidado caçador!

As fases da luta, bem como a natureza do inimigo que permite o duelo da maneira que o jogador preferir, como parries, esquivas e visceral attacks, é apaixonante e cadenciada até o fim, um verdadeiro espetáculo.

Em resumo, The Old Hunters serve como um belo complemento ao título que, ao que tudo indica, ficará em stand by por um bom tempo até uma futura e incerta continuação.

A despeito da brevidade com que pode se terminar a expansão, bem como o valor que pode ser considerável (R$ 61,50), além de a DLC não trazer nada muito inovador ao cerne do jogo original, o complemento é muito bem vindo ao jogo, principalmente por tornar pleno a experiência já vasta de Bloodborne.

Ademais, não muito que se falar, salvo me remeter à análise do jogo base, que expõe muito bem o quão bom todo conjunto do que é Bloodborne, um dos melhores jogos do ano passado, que fica ainda melhor com sua expansão.

2 - Selo de Ouro

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