PES 2017: o melhor Pro Evolution Soccer desde Adriano Imperador
Evolution. Esta é a palavra para descrever PES 2017. O jogo é uma grande evolução na série da Konami, que já havia melhorado muito no ano passado e agora parece alcançar o nível Pro que tanto era desejado pelos fãs do Soccer. Testamos a demo do game, e sabemos que sua versão final pode ter modificações, mas a primeira impressão é ótima. Parece ser o melhor PES desde que Adriano Imperador era a capa do jogo no PES 6.
Basta olhar para a televisão enquanto joga PES 2017 para perceber a evolução na parte visual do game. Os gráficos estão muito mais reais, sem o aspecto “cartunesco” de outrora. Quando as câmeras se aproximam, ainda há alguns pontos que poderiam ser melhorados, especialmente nas texturas aplicadas aos jogadores, tanto na pele como no uniforme, mas está muito bonito de ver o novo game.
Um ponto que chama a atenção é a perfeição com a qual o Camp Nou, estádio do Barcelona, que é parceiro do PES 2017, é recriado no game. Ele é estonteante nas imagens que o mostram por fora, e muito bem detalhado por dentro. Ele é o único estádio disponível na demo, além de uma arena genérica, mas deixa uma expectativa enorme para ver outros grandes palcos do futebol mundial em suas versões digitais.
Mas vamos ao que importa: a jogabilidade, Afinal, a Konami insistiu que este seria seu foco no game. “Controle a Realidade”, diz o slogan do jogo. E, pelo que vimos na demo, os japoneses não estavam brincando. O que se pode sentir com o controle na mão é que PES 2017 é mais um passo da franquia no caminho da simulação, deixando de vez o estilo Arcade de jogo para trás e valorizando a inteligência tática e o futebol bem jogado.
Muitos problemas das edições anteriores foram acertados. Esqueça os gols fáceis com toques de cobertura e chutes da entrada da área. Ou as corridas pela ponta sem ser incomodado. O jogo está mesmo mais cadenciado, mais real. O sistema de passes foi aperfeiçoado, finalizações estão mais corretas e os goleiros… Ah os goleiros! Como é bom ver defesas difíceis e diferentes em PES 2017. Ainda não está perfeito, mas melhorou demais!
O que brilha mais, porém, é o sentido tático que o jogo ganhou. As variações que podem ser aplicadas in-game são muito impressionantes, tanto pela ousadia como por funcionaram de um modo irretocável. Você pode variar completamente o seu estilo de jogo de acordo com a partida e como ela está se encaminhando. Isso é muito legal, porque é fácil de fazer e tem várias opções que podem diferenciar.
No geral, a demo agradou muito. PES 2017 continuou no que estava certo do seu antecessor, fez evoluções pontuais e eficientes e promete ser um concorrente de peso para FIFA 17.
Tratamento aos clubes brasileiros decepciona
Só que nem tudo são flores em PES 2017. Especialmente para os brasileiros. Todo mundo sabe que o Brasil é um mercado fundamental para a Konami e para PES, e talvez por isso eles tenham tanta preocupação em trazer os times do futebol nacional para o game, o que é louvável. Mas a qualidade com que as equipes são retratadas no jogo é preocupante, assim como foi na edição anterior da série.
Vamos falar apenas do Flamengo, que foi um clube exclusivo do PES 2016, deve ser também do PES 2017 e é disponibilizado na demo para jogarmos. O elenco usado é do time de maio, e isso é avisado, então não há como reclamar da ausência de Diego, por exemplo, recém contratado, nem da falta do novo uniforme 2 do clube. Mas onde está Paolo Guerrero, grande nome do elenco e que foi até garoto-propaganda do jogo no ano passado?
E as faces dos jogadores? Todas genéricas. Sem falar em alguns erros grotescos, como Wilian Arão sem seu tradicional cabelo “black power”, Rodinei, que é negro, com a pele branca, assim como Fernandinho, Mancuello com cabelo preto, e por aí vai. Que as faces fossem genéricas, mas que pelo menos os jogadores fossem retratados com suas características da vida real. Isso já seria mais um grande avanço.
