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SUPERHOT VR: Vale a pena?

SUPERHOT é uma baita experiência no VR.

por Thiago Barros
SUPERHOT VR: Vale a pena?

SUPERHOT VR é uma baita experiência para quem tem o PlayStation VR. É um conceito bastante diferente, que pode parecer um pouco confuso à primeira vista, mas que tem tudo para agradar a quem apostou na realidade virtual no seu PlayStation 4. O mix de puzzle com FPS que ele traz ao mercado é um grande diferencial.

Em SUPERHOT VR, cada movimento que você faz tem que ser friamente calculado. Sim, literalmente. O jogo tem uma mecânica de identificar para onde seu corpo se move, e, baseado nisso, os adversário também se mexe. O tempo só passa conforme o player executa alguma ação. Portanto, cada segundo é fundamental.

Jogabilidade imersiva

A jogabilidade é a grande estrela de Superhot VR. A começar pelo fato de ele só poder ser jogado com os controles PS Move. Dois. Um na mão esquerda e um na direita, para você poder controlar as mãos do protagonista, que pode usar uma série de armas para seus intensos combates.

Mas o que brilha mesmo é a mecânica do jogo. Os inimigos se movem quando você se move. Seja os braços, a cabeça ou o corpo. E isso torna cada segundo fundamental no sucesso (ou não) de sua missão. É um grande teste para a câmera do PlayStation VR – no qual ela é aprovada com louvor.

Nas muitas horas que jogamos SUPERHOT VR, ele não apresentou nenhum problema de identificação dos movimentos. Eu que soquei a parede e a televisão algumas vezes – e tomei uma baita bronca da minha esposa na hora (mas tem explicação: o cabo extensor do meu VR não funciona, então tenho que ficar mais perto dele do que o normal).

Pode ser um pouco difícil se acostumar aos inimigos se movendo conforme você vai se mexendo, mas depois que você pega o jeito, é muito legal. Você pode calcular como os inimigos estão planejando te atacar e posicionar seu corpo da forma correta. Afinal, não é só ir para o lado e/ou atirar, mas também abaixar, por exemplo, para evitar os tiros.

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Há fases cheias de possibilidades, como várias armas de fogo que você pode utilizar ou até itens que pode pegar e arremessar nos inimigos. Dependendo da posição deles, até as armas dos rivais podem cair perto de você, para que você pegue-as e use para atirar em outros vilões. É muito dinâmico e divertido.

Matrix

Nesse cenário, você se sente tipo o Neo, de Matrix, desviando das balas e socando, atirando e dando facadas nos inimigos vermelhos. Mas é preciso cuidado, porque ao mesmo tempo que existem cenários bem fáceis, em outros é necessário prestar muita atenção em tudo ao seu redor, porque um tiro já irá te matar.

E já que estamos falando de Matrix, a história de SUPERHOT VR é mais difícil de entender do que a da série de filmes que fez sucesso nos cinemas. Se o nível de imersão para o confronto com os inimigos é ótimo, a questão de história não é tão abordada, o que não agrada muito.

Depois de zerar a campanha, você ainda tem um modo Sobrevivência bem desafiador, onde o objetivo é matar o máximo de inimigos possível. Isso ajuda o game a ter maior nível de replay – o que não chega a fazer com que ele seja o jogo mais “rejogável” do mundo, mas já ajuda.

O visual futurista e minimalista é bem bacana, e o trabalho de som é OK. Fica apenas uma sensação de que poderia ser mais detalhado, com mais ruídos das armas e até uma trilha sonora. Em alguns cenários, fica aquele “silêncio ensurdecedor” que pode ser legal para alguns, mas também não agrada muita gente.

Investimento válido

A conclusão que chegamos ao terminar SUPERHOT VR é de que ele é um jogo que os early adopters do PlayStation VR devem comprar. É uma das melhores experiências disponibilizadas para os óculos de realidade virtual da Sony, e por um preço justo, de US$ 24,99 na PlayStation Store americana.2

É um jogo bem completinho, com um nível de desafio alto, jogabilidade ótima e uma amostra de como o PlayStation VR pode ser imersivo. Ele ganhou diversos prêmios na categoria de Realidade Virtual em outras plataformas, e chegou ao PS4 com um nome cercado de expectativas. Todas elas atendidas. Vale a pena!

Thiago Barros
Thiago Barros
Editor-Chefe
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Jogando agora: Avatar: Frontiers of Pandora
Jornalista, teve PS1, pulou o 2, voltou no 3 e agora tem o 4, o 5 e até o PSVR. Acha God of War III o melhor jogo da história do PlayStation.