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[BGS 2018] Dreams é um jogo para os criativos… e talvez só para eles

Dreams é uma espécie de "o que tá acontecendo?".

por Raphael Batista
[BGS 2018] Dreams é um jogo para os criativos... e talvez só para eles

Um dos exclusivos disponíveis na Brasil Game Show é Dreams, da Media Molecule, mesma responsável pela série LittleBigPlanet, sucesso no PlayStation 3. O jogo tem como objetivo oferecer aos jogadores ferramentas para criação de jogos.

A ideia parece apetitosa – a princípio -, mas não se equilibra em um meio-termo, principalmente em uma feira de exposição onde o ‘testador’ não consegue sentir como se dão as ideias dos desenvolvedores. Ou você é logo fisgado pelas amplas ferramentas de criação ou acometido pelo tédio total. A impressão é que aqueles mais dedicados encontrarão em Dreams ótimas opções, mas os jogadores mais casuais poderão não gostar tanto.

No preview, cerca de 6 ‘jogos’ criados por vários desenvolvedores estavam disponíveis. Experiências cooperativas, jogos de navinha, histórias de “bichinhos fofinhos” são alguns dos exemplos. De fato, alguns eram divertidos, principalmente os de competição entre os jogadores.

A premissa básica explicava, por exemplo, que era preciso cumprir desafios como bater em pregos o mais rápido possível. Isso gera boas risadas por alguns breves minutos. E é só isso. É uma competição direta, divertida, mas um desafio por ele mesmo. Não existe recompensas, sistema de progressão.

Nota do editor: o parágrafo acima pode soar como uma crítica, mas é das nuances do jogo. Estamos acostumados com jogos que possuem um propósito maior. Em Dreams, o propósito é ele próprio, criar um jogo por ele mesmo.

Outros pequenos projetos, como joguinhos de navinha, possuía o mesmo fim em si mesmo. Era desafiador e observar a pontuação subindo garante a sensação de vitória, isso é bacana. Vencer o estágio proposto é uma satisfação. Gostaríamos de explorar o que mais aquele universo poderia gerar.

Já outro jogo era um conto com as características de indie, com puzzles e exploração de cenários coloridos. Esse era o melhor. Parecia ser uma história divertida e emocionante, possível jogar cooperativamente. A relação entre as duas pequenas criaturas era cômico.

O ponto importante é que só estavam disponíveis para testes experiências já criadas e não havia possibilidade de ser criar algo ali, dessa forma não é possível – ainda – saber exatamente como o jogo pode vir a ser.

O escopo principal – as ferramentas de criação – não estava disponível para teste. É difícil julgar se o game oferecerá competentemente tal recurso. Porém, para aqueles que se colocarem à disposição para desenvolverem suas ideias, Dreams surge como uma possível boa oportunidade para materializar os sonhos.