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BGS 2019: Marvel’s Avengers espanta o fantasma da “ideia genérica”

É hora de se tornar um verdadeiro herói!

por Raphael Batista
BGS 2019: Marvel's Avengers espanta o fantasma da

O Thor invoca trovões poderosos através do Mjolnir. O Homem de Ferro atira contra os inimigos que voam pelos cenários. O Capitão América e a Viúva Negra usam movimentos acrobáticos com danos intensos. E o Hulk? Esmaga! A experiência de Marvel’s Avengers espanta o fantasma de ser um conceito genérico para apresentar uma jornada especial na pele dos heróis mais poderosos da Terra.

Na BGS 2019, tivemos a oportunidade de testar o jogo por 25 minutos. É o mesmo conteúdo apresentado anteriormente, com os momentos do prólogo, A-Day. A breve experiência apresenta como o jogo tem potencial para ser um dos grandes jogos de aventura de 2020.

O gameplay de aventura

A jogabilidade geral do título é bastante satisfatória. Todos os personagens podem combinar ataques leves com os carregados. As habilidades de cada um deles correspondem às características dos heróis. O Capitão América utiliza o escudo de Vibranium para ricochetear nos inimigos enquanto a Viúva Negra tem gadgets tecnológicos. É uma boa variedade que garante a autenticidade.

O gameplay bebe na fonte de grandes títulos de super-heróis. É perceptível alguns elementos parecidos da franquia Arkham de Batman e Marvel’s Spider-Man no game da Crystal Dynamics. Os “alertas” dos ataques inimigos, as movimentações acrobáticas, o foco no combate corporal com o uso de equipamentos são alguns exemplos dessa inspiração. Quem curte o gênero, vai ficar satisfeito com o resultado.

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Os defeitos notados – também herdados do gênero de jogos de heróis – são relacionados à câmera. Muitas vezes, é difícil ter noção do espaço e da localização dos inimigos porque eles estão em todos os lugares. A câmera não consegue acompanhar a constante movimentação dos personagens e é preciso manuseá-la sem parar para descobrir de onde vêm os ataques.

No combate contra o chefão Taskmaster, o problema da visualização foi ainda pior. O jogo não tem uma mecânica de “travar a mira” no inimigo – que seria muito bem-vinda para as boss fights. O dano recebido pelo vilão aconteceu por não ter conseguido acompanhar a posição do Taskmaster. Em certos momentos, a câmera atrapalha o fluxo intenso da batalha.

No geral, a jogabilidade agradou. Os problemas da câmera são “sintomáticos” do gênero e talvez, seja algo melhor trabalhado até o lançamento do título.

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As características únicas

O grande atrativo da experiência, sem sombra de dúvidas, é a possibilidade de controlar cada um dos Vingadores. Os heróis possuem traços únicos, tendo as habilidades baseadas nas próprias origens.

O Thor consegue utilizar o Mjolnir que funciona igual o Leviatã do Kratos. É possível arremessar o martelo e combinar ataque um ataque carregado para que o item retorne para as mãos do deus do Trovão. É um pouco esquisito ver o Mjolnir batendo em humanos e causando danos leves, mas tudo bem, vamos permitir a “liberdade poética” do gameplay.

A invocação dos trovões é um show a parte. As habilidades especiais reivindicam os raios diretamente de Asgard e garantem um aumento na taxa no dano, oferecendo uma nova cara à jogabilidade do herói.

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O Homem de Ferro foi o personagem “menos empolgante” na demonstração. Ele foi limitado a plainar e lançar os blasters numa área específica. O personagem também consegue executar ataques corporais, mas o prólogo enfatiza nas habilidades à longa distância.

Com lasers nas mãos e no peitoral, o herói desintegra os inimigos. O voo pode ser feito e é divertido controlar o personagem no ar. O carisma do personagem também é destaque, com seu conhecido estilo irônico.

O Hulk chega quebrando tudo, sem eufemismo. O combate corporal do monstro verde é pesado, com ataques fortes em área. O personagem consegue agarrar os inimigos básicos e utilizá-los como porrete – bem ao estilo “deus fraco” no primeiro filme dos Vingadores.

O gameplay do Bruce Banner é um dos mais divertidos, principalmente com os ataques carregados que esmagam o chão. O ataque especial consegue aniquilar uma grande quantidade de vilões ao redor.

O Capitão América, na nossa opinião, apresentou a melhor jogabilidade. O escudo de Vibranium ricocheteia no ambiente e é possível utilizá-lo para defender das investidas inimigas. O herói combina chutes, socos, joelhadas e cotoveladas com movimentos acrobáticos. Steve Rogers merece o título de líder dos heróis.

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A demo acabou no controle da Viúva Negra e ela é tão boa quanto o Cap. A agente utiliza gadgets tecnológicos, como um arpéu para se aproximar dos inimigos e as pistolas duplas. Os movimentos são ágeis e perigosos, com uma habilidade especial capaz de desarmar qualquer vilão: o traje tático permite a invisibilidade, garantindo ataques surpresas.

Cada da personagem apresenta uma experiência diferente. A própria dinâmica dos combates favorece o estilo de cada um. Hulk executa ataques impiedosos em cenários abertos, enquanto o Capitão América utiliza o escudo em lugares apertados. O design é inteligente e favorece as habilidades única dos heróis.

O que pode melhorar

A demonstração de Marvel’s Avengers trouxe um saldo bastante positivo, mas o conteúdo revelou umas falhas técnicas. Além do problema da câmera não conseguir acompanhar os acontecimentos no cenário, determinados visuais merecem comentários específicos.

O design de alguns heróis foi melhorado, isso é inegável. Thor e a Viúva Negra são os personagens que contaram com as principais melhorias. A Crystal Dynamics eliminou os traços quadrados nos rostos dos personagens e garantiu um visual bem melhor.

Contudo, o mesmo tratamento não foi realizado para os NPCs. Os personagens secundários parecem mal renderizados e com um design sem menos trabalhado. Em determinada hora, o deus do trovão e um policial foram colocados lado a lado. O contraste foi nítido e desanimador. Parecem personagens de mundos opostos.

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Outro detalhe visual também não está “no nível” da Crystal Dynamics: os cabelos e pelos faciais. A barba do Thor parece um amontoado de pixels. Claro que isso não interfere em nada no gameplay, mas a questão gráfica do estúdio sempre foi acima da média.

A experiência de Marvel’s Avengers trouxe uma expectativa positiva. O jogo promete uma história envolvente e uma jogabilidade que foge de um conceito genérico. Os defeitos encontrados ainda podem ser corrigidos até o lançamento. Nada grotesco. Resta apenas esperar até dia 15 de maio de 2020 quando chegará o momento do “Avengers, assemble!”

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