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Sony se faz relevante, mesmo fora da E3 2019

A Sony, antevendo a evolução da maneira de se comunicar com seu público alvo, evoluiu.

por Hugo Bastos
Sony se faz relevante, mesmo fora da E3 2019

Em um período onde a conectividade impera, as desenvolvedoras descobriram que podem alcançar seu público-alvo sem a necessidade de “brigar” entre si dentro de um espaço fechado. E a Sony, assim como outras empresas, reconheceu a chegada inexorável dessa nova era, e resolveu se adaptar, e não terá um stand na E3 2019.

Mas, como bem ressalta o site PlayStation Lifestyle, engana-se quem acha que com essa decisão a Sony tomou um rumo equivocado. Apesar de não estar na feira, os recentes anúncios sobre diversas características do PlayStation 5 (ou outro nome), bem como anúncios de jogos muito esperados, mostram exatamente o contrário.

Falando sobre jogos esperados, nós jogadores já sabemos como a Sony é muito eficiente em criar expectativas para seus jogos. A amostra de Final Fantasy VII remake em trailer recente e a estrondosa revelação da data de lançamento Death Stranding são provas disso.

State of Play
O State of Play vem se destacando por ser uma maneira mais direta da empresa de divulgar suas notícias e novidades. Fonte: Divulgação

Outro ponto de destaque é que a empresa passou a adotar uma postura mais próxima aos jogadores. Recentemente, lançou uma nova forma de divulgar suas notícias, o State of Play. Assim, muito do que ela poderia mostrar, tendo que disputar tempo e espaço dentro da E3 pode ser feito de forma muito mais simples, direta e financeiramente rentável.

Fica aquela expectativa de que novas informações de PlayStation possam ser compartilhadas nos próximos dias. Como toda comunidade está bastante antenada nas notícias, seria mais uma oportunidade para aproveitar o momento.

Há também um contra-ponto. Por não ter muito a ser mostrado, a Sony teria optado por ficar de fora desta vez para não frustar seus fãs. Com seus três grandes jogos (The Last of Us 2, Death Stranding e Ghost Tsushima) já bem encaminhados, a empresa não teria revelações inéditas.

Mas o fato é que, com o passar dos anos, a E3 foi perdendo sua relevância face ao avanço das tecnologias. Antes um evento fechado, a feira acabou se popularizando, o que teve um efeito contrário. Diversas grandes empresas “pularam fora do barco”, adotando seus próprios modelos.

O sentimento geral, compartilhado por muitos veículos de comunicação, é que a feira é apenas um vislumbre do que já foi. E com eventos fechados se tornando obsoletos face a livestreams e eventos individuais, a Sony não perdeu tempo e se adaptou.

A Nintendo também foi outra – na verdade, a primeira – a “entender” o poder de uma estratégia contínua de revelações. A dona do Mário criou o Nintendo Direct, um boletim de novidades, e volta e meia causa comoção nas redes com suas revelações.

Claro, a E3 não morreu!

O evento também pode se reinventar e vir a adotar um outro formato inovador. Com o advento das redes sociais e da comunicação instantânea, novas possibilidades podem ser adotadas.